Rosseto Jr. et al (2009) evidenciam que:
Os jogos são
atividades ricas em situações imprevistas, as quais o indivíduo tem que responder
prontamente assumindo responsabilidades e riscos. O comportamento dos jogadores
é determinado pela interligação complexa de vários fatores de natureza
psíquica, física, tática e técnica. Os jogadores devem resolver situações que
exijam elevada adaptabilidade, ou seja, a capacidade de elaborar e operar
respostas às situações aleatórias e diversificadas que ocorrem no jogo, o que
supõe o trabalho em equipe para alcançar a vitória ou conquistar objetivos
traçados.
Os jogos como instrumentos
educacionais devem contribuir par a construção de valores morais e éticos,
coibindo a competição exacerbada e a conquista de resultados a qualquer custo. Assim, a intencionalidade educativa do jogo deve apontar para os
seguintes objetivos:
· Resgatar valores humanos como amizade, cooperação,
solidariedade e respeito;
· Favorecer a integração entre alunos e o meio ambiente;
· Construir regras, normas e atitudes positivas;
· Ampliar as oportunidades de desenvolvimento
psicomotor, cognitivo e socioafetivo;
· Contribuir para a formação de sujeitos críticos e
participativos.
Na Seleção dos jogos é preciso considerar alguns critérios e princípios que
nortearão a ação pedagógica do Professor. Seguem algumas dicas para a escolha
de jogos e aplicação dos mesmos.
PARTICIPAÇÃO
DE TODOS ...
Os esforços do Professor devem convergir para que todos participem
efetivamente do jogo. A inclusão é direito de todos! Cuidado com os jogos onde
os participantes esperam por muito tempo nas colunas ou fileiras. Evitar dinâmicas
onde possam se estabelecer o constrangimento ou humilhação. Valorizar sempre o
esforço pessoal dos alunos com apreciação positiva de seus empenhos e conquistas.
COMPLEXIDADE DO JOGO ...
O jogo não deverá ser muito fácil nem muito difícil, mas sim desafiador
para motivar os participantes a investirem esforços na busca pela conquista dos
objetivos traçados.
INTERFERÊNCIA DO PROFESSOR ...
Inicialmente, o Professor deverá fazer interferências necessárias para
que o jogo se realize. Porém, com o passar do tempo, essa interferência deverá
ser mínima para que os participantes consigam gerenciar, de forma positiva e
autônoma, situações-problema que surgirem. É preciso compreender que a cooperação
e autonomia são aprendidas na ação de cooperar e dialogar para se chegar a
acordos que possam resolver conflitos e desafios inerentes ao jogo. Destaca-se
a importância do Professor ser um mediador e estar sempre acompanhando o grupo.
O ERRO EO ACERTO ...
Ambos fazem parte do processo de aprendizagem. O Professor deverá
oportunizar no jogo a repetição de movimentos sendo que entre erros e acertos,
o participante fará adaptações necessárias e aprenderá de forma significativa.
É interessante compreender que no jogo o desafio é o mesmo para todos, porém os
caminhos para a conquista se diferenciam para cada participante.
A IMPREVISIBILIDADE ...
A IMPREVISIBILIDADE ...
E necessério estar atento à formação dos grupos para que se estabeleça
um certo equilíbrio e existam chances reais de conquistas para todos. Assim, o
Professor deverá organizar os grupos variando as formas de escolher os
integrantes e oportunizar a participação dos alunos no processo de escolha. Lembre-se:
Só ganhar ou perder não é interessante, pois quem só ganha não se sentirá
desafiado e quem só perde poderá ter sua autoestima comprometida. Cuidar a
questão de gênero, meninas e meninos podem e devem jogar juntos.
JOGOS COOPERATIVOS
Caracterizam-se pela
cooperação e ajuda mútua para conquistar um objetivo em comum.
JOGOS COMPETITIVOS
Caracterizam-se
pela competição onde evidenciam-se o ganhar e o perder.
JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS
Caracterizam-se pela iniciação desportiva através de grandes jogos
evidenciando-se os movimentos básicos das principais modalidades desportivas.
JOGOS INTELECTUAIS
Compreendem os jogos de tabuleiro, de perguntas e respostas e desenvolvem
a capacidade cognitiva, atenção, concentração, memória e raciocínio lógico.
JOGOS SENSORIAIS
Caracterizam-se pelo desenvolvimento de brincadeiras e jogos através dos cinco sentidos evidenciando-se as percepções simples e complexas.
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1 BOLA AOS QUATRO CANTOS
M - Quatro bambolês e uma bola de borracha.
F - Alunos organizados em dois grupos, em pé.
D - Os bambolês serão
dispostos nos quatro cantos da quadra, no chão. A Professora escolherá quatro
alunos, os quais ficarão dentro dos bambolês, em pé. Esses serão os responsáveis
por receberem a bola das mãos dos colegas. Após, realizará um “par ou ímpar”
para decidir qual grupo iniciará com a bola, no centro da quadra. Ao seu
comando o grupo de posse da bola realizará passes entre os integrantes tentando
se deslocar até um dos cantos da quadra para entregar a bola para um colega que
esteja dentro do bambolê e assim marcar um (01) ponto. O oponente tentará
evitar os passes e deslocamento para “roubar” a bola e tentar marcar pontos
também. O jogo continuará pelo tempo determinado.
M - 1 bola.
F - Alunos dentro do círculo central da quadra, em pé.
D - A Professora escolherá 2 alunos que serão os caçadores e ficarão nas goleiras da quadra sendo que 1 ficará com a bola e iniciará o jogo. Ao comando, lançará a mesma em direção ao centro da quadra com o objetivo de acertar um ou mais colegas. Se conseguir, os alunos que foram tocados pela bola irão ajudar o colega. Caso não acerte, o colega do lado oposto pegará a bola e dará continuidade ao jogo. Assim, procederão até que não reste nenhum colega no centro da quadra. vencerá o grupo que conseguir "caçar" o mais número de colegas.
Observação: Os alunos que se juntam aos caçadores os ajudarão a caçar lançando a bola alternadamente.
Observação: Os alunos que se juntam aos caçadores os ajudarão a caçar lançando a bola alternadamente.
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